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O primeiro bilhão das Plataformas
Em 2024, as Plataformas atingiram R$1.3 bilhões em emissões de valores mobiliários, um salto frente aos menos de R$300 milhões emitidos no ano anterior. O motor da virada? A Renda Fixa Digital. Entenda como essa classe de ativos está mudando o panorama do novo mercado de capitais.

Quem acompanha o Kria já faz um tempo sabe que estamos há anos (mais precisamente, há 11 anos) empreendendo pela democratização do acesso ao capital, dos dois lados - dos investidores e dos empreendedores.
Falamos por aqui sobre o tal novo mercado de capitais sempre com uma visão de futuro. Mas e quando o futuro chega? Não se preocupe, não estou aqui para filosofar sobre o tempo, mas para compartilhar que o mercado de capitais está em uma acelerada evolução desde 2024.
Então, prepare o cafezinho e acompanhe a Newsletter de hoje, que traz um panorama sobre essa nova fase do mercado de capitais no Brasil.
O primeiro bilhão das Plataformas

Até 2023, as Plataformas de Investimento Coletivo transacionavam, na sua totalidade, menos de R$300 milhões por ano, uma participação de 0,05% no volume total das operações no mercado de capitais, de acordo com o Boletim Econômico da CVM. Mas em 2024, esse número saltou para R$1.3 bilhões em emissões via Plataformas. E para 2025? Até o final do 1o semestre, já foram R$2.2 bilhões - e a participação no volume das operações, subiu para 0,5%.

O motor dessa virada? A Renda Fixa Digital.
Em 2023, a CVM publicou orientações para tokenizadoras e securitizadoras, estendendo a aplicação da Resolução 88, antes restrita ao crowdfunding, para esse novo universo de ativos.
Com isso, a Resolução 88 se consolidou como o principal arcabouço regulatório do novo mercado de capitais. Distribuições de ativos securitizados, como CRIs, CRAs e outros certificados de recebíveis, passaram a ser mais simples e economicamente viáveis mesmo em operações menores.
Além da simplificação, essa mudança destravou um mercado com potencial multibilionário.
Estima-se que a necessidade anual de crédito das PMEs supere R$700 bilhões. O gap de financiamento ainda pode ser muito maior se considerarmos o estoque de crédito privado. Hoje menos de 0.5% desse crédito está disponível através das Plataformas de Investimento Coletivo - mas a tendência, como já vimos, é de aumento exponencial.
O que vem pela frente

Para que esse mercado se consolide como o principal canal de acesso a esses ativos, algumas adaptações regulatórias ainda são necessárias — e a CVM já está se movimentando.
Nas próximas semanas, a autarquia deve colocar em consulta pública novas regras para a Resolução 88. As mudanças devem ser significativas: aumento de limites, entrada de novos participantes... Há até a possibilidade de a Resolução 88 ser substituída por uma nova norma.
Aqui no Kria, acompanhamos de perto — e com entusiasmo — os avanços regulatórios e de mercado. Recentemente, lançamos em nossa Plataforma novas operações de Renda Fixa Digital, com rendimentos acima de 20% a.a. e prazos entre 12 e 18 meses.
📰 Lançamos também uma nova Comunidade de Avisos através do WhatsApp, por onde compartilharemos notícias sobre o mercado e novos lançamentos.
>> Acessar a Comunidade Kria <<
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Então, prepare o cafezinho e acompanhe a Newsletter de hoje, que traz um panorama sobre essa nova fase do mercado de capitais no Brasil.
O primeiro bilhão das Plataformas

Até 2023, as Plataformas de Investimento Coletivo transacionavam, na sua totalidade, menos de R$300 milhões por ano, uma participação de 0,05% no volume total das operações no mercado de capitais, de acordo com o Boletim Econômico da CVM. Mas em 2024, esse número saltou para R$1.3 bilhões em emissões via Plataformas. E para 2025? Até o final do 1o semestre, já foram R$2.2 bilhões - e a participação no volume das operações, subiu para 0,5%.

O motor dessa virada? A Renda Fixa Digital.
Em 2023, a CVM publicou orientações para tokenizadoras e securitizadoras, estendendo a aplicação da Resolução 88, antes restrita ao crowdfunding, para esse novo universo de ativos.
Com isso, a Resolução 88 se consolidou como o principal arcabouço regulatório do novo mercado de capitais. Distribuições de ativos securitizados, como CRIs, CRAs e outros certificados de recebíveis, passaram a ser mais simples e economicamente viáveis mesmo em operações menores.
Além da simplificação, essa mudança destravou um mercado com potencial multibilionário.
Estima-se que a necessidade anual de crédito das PMEs supere R$700 bilhões. O gap de financiamento ainda pode ser muito maior se considerarmos o estoque de crédito privado. Hoje menos de 0.5% desse crédito está disponível através das Plataformas de Investimento Coletivo - mas a tendência, como já vimos, é de aumento exponencial.
O que vem pela frente

Para que esse mercado se consolide como o principal canal de acesso a esses ativos, algumas adaptações regulatórias ainda são necessárias — e a CVM já está se movimentando.
Nas próximas semanas, a autarquia deve colocar em consulta pública novas regras para a Resolução 88. As mudanças devem ser significativas: aumento de limites, entrada de novos participantes... Há até a possibilidade de a Resolução 88 ser substituída por uma nova norma.
Aqui no Kria, acompanhamos de perto — e com entusiasmo — os avanços regulatórios e de mercado. Recentemente, lançamos em nossa Plataforma novas operações de Renda Fixa Digital, com rendimentos acima de 20% a.a. e prazos entre 12 e 18 meses.
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Qual o preço da imortalidade?
Querida comunidade Kria,
Já pensou em viver para sempre? Posso dizer que alguns bilionários já, o suficiente para estarem financiando pesquisas para chegar o mais próximo disso possível. Do outro lado, existem pessoas usando a tecnologia para gerar melhor qualidade de vida para idosos na atualidade.
A news de hoje é sobre a relação entre tecnologia e envelhecimento. Café na mão?

A candidatura do atual Presidente Democrata Joe Biden à reeleição movimentou a imprensa e a internet acerca da ideia do envelhecimento. Uma das pautas de maior fascínio da sociedade – desde o antigo Egito, até o Renascimento – tem sua cota de fascínio também no Venture Capital.
O que pode parecer uma premissa meio irreal ou cyberpunk é, na verdade, uma tendência: acreditando que a morte é o próximo problema a ser resolvido, surge uma busca interessante por auxílio da tecnologia para a longevidade. Estou falando de empresas que buscam prolongar a vida…indefinidamente. E, para isso, o mercado de VC entra como uma forma de arrecadar fundos para as pesquisas dessas empresas.
As iniciativas são diversas: existem iniciativas que tentam reverter o envelhecimento a nível celular, enquanto outras apenas o retardam e, quando nenhuma das duas foi o suficiente, a criogenia entra com muita relevância aqui. Sobre essa última em específico, sua força é tão grande que já existem formas de você proteger seu patrimônio por até quinhentos anos como parte de uma ideia de “quando voltar, terei acesso”. Pegaram a vibe de faraós e suas pirâmides?
O mercado é tão reservado que mesmo achar dados sobre seu tamanho é complicado, mas os investimentos estão em algo entre $5Bi a $6Bi anualmente. Diferente dos mercados mais populares no Venture Capital, como fintechs, SaaS ou A.I, o investimento é extremamente mais arriscado e de longo prazo. Isso porque demanda anos de pesquisas científicas e experimentações: ou seja, um ciclo de financiamento muito superior ao prazo dos fundos. É por isso que a Indústria da longevidade é sustentada por fundos específicos e alguns bilionários. Entre os investidores, temos grandes nomes como Sam Altman (OpenAI), Jeff Bezos (founder Amazon), Larry Page e Sergey Brin (founders Google), Peter Thiel (PayPal) e Larry Ellison (Oracle).
Enquanto alguns buscam a vida eterna, um movimento mais expressivo de negócios quer melhorar a qualidade de vida dos idosos: as age techs. A ideia geral é criar aparatos para que a tecnologia ajude a proporcionar uma vida digna, com melhores condições de saúde, independência, mobilidade e inclusão social.
Quando falamos do mercado de age techs, o cenário é promissor e bem menos sigiloso: de acordo com a the Gerontechnologist, espera-se que chegue aos US$2 trilhões investidos. Isto é motivado por dois fatores: o crescimento da chamada “Economia da Longevidade” (gastos de mais de 50 anos), que foi de $26Bi para $37Bi a nível mundial; e crescimento na taxa de digitalização, que pulou de 4% para 8%.
Falar sobre a tecnologia para alongar a vida é sempre interessante. E, seja com visionários quase loucos querendo perpetuar a existência ou com visionários mais tranquilos que buscam melhorar a vida que já temos, o mercado se equilibra.

Julho é a época dessa pergunta. Felizmente, a Slinghub já lançou o material do Q2 da américa latina, trazendo mais informações sobre como foi. E, cobrindo de forma simples: o volume investido aumentou um tanto, seja na comparação entre quarters, seja na comparação entre anos. Ainda assim, o número de rounds diminuíram.

Assim, os rounds estão maiores. Por aqui, chegamos até a ver o late stage, com rounds B e C sendo celebrados! Mas o pódio continua com o early stage, com 112 rodadas em LatAm, da qual 74 são no Brasil.
Estamos de olho com as próximas movimentações.
Obrigada por ter me acompanhado até o fim de mais uma news! Nos encontramos toda quarta-feira, 16h37, na sua caixa de e-mail! Dúvidas, opiniões, feedbacks? Basta me mandar um e-mail! :)
E não esquece também de encaminhar esse e-mail para seus sócios, colegas de trabalho e amigos. (Se você recebeu o email pela primeira vez agora, faça o cadastro no nosso site para receber as próximas edições.)
Au revoir,
Le, do Kria
Comunicação e comunidade

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A favorita da LatAm
Querida comunidade Kria,
As fintechs são as queridinhas da América Latina há uma década, unindo um mercado com crescimento e inovador a regulamentações que permitem diversas novidades borbulharem no mercado.
Na news de hoje, vamos dar uma olhada nos números apresentados pelo report da Distrito. Café na mão?

O segmento de fintechs foi, na América Latina, a menina dos olhos dos investidores. Em um mercado em pleno crescimento e gerando diversas inovações – como os bancos digitais, o open banking ou os novos meios de pagamento –, o Venture Capital encontrou um ambiente propício para deixar seus aportes. A pergunta que fica é: com o crescimento do hype da AI, as fintechs precisam dividir seu protagonismo?
Para um pouco de background, o segmento se consagrou como o setor com mais injeção de capital na última década, acumulando um total de US$15 bilhões investidos apenas na América Latina. Nessa conta, o Brasil saiu na frente, sendo responsável por US$10 Bi – cerca de 70% do montante total.

Podemos ver um crescimento substancial em 2018, que também se marca como a época onde o Nubank atingiu o marco de unicórnio, e um pico em 2021. Logo em seguida, existiu um momento de retração do mercado, quando o momento de autocrítica e reflexão do VC tomou conta do cenário, e esse movimento se manteve nos anos seguintes. Entretanto, nos seis primeiros meses desse ano, aportes equivalentes a 80% do volume de todo o ano anterior, gerando um clima esperançoso.

É claro que, no cenário atual, esse favoritismo passou para a área de inteligência artificial. E, com isso, surge também a pergunta: afinal, a atenção dividida afeta as fintechs?
E a resposta simples é: não, muito porque elas também estão surfando na onda da AI ao incorporar o novo modelo em suas tecnologias ao invés de lutar contra ele. Esse movimento de IA-ficação não se restringe às fintechs e tomou conta de toda a malha inovadora do Brasil, fazendo com que, até o momento, sejamos o maior investidor da incorporação da inteligência artificial nas empresas da América Latina.

Na última semana, a Wiz, uma startup de cybersegurança, recusou uma proposta de compra feita pela Alphabet (uma empresa Google) sob um valuation de $12Bi, com a compra sendo feita por $23Bi. O que seria um cenário de M&A perfeito para muitos foi adereçado em uma carta feita pelo fundador, Assaf Rappaport, e enviada para os trabalhadores da empresa, onde afirma que, por mais difícil que seja sua decisão, ela foi tomada pela diretoria ver um caminho promissor para a empresa.
O movimento trouxe uma reflexão interessante sobre o que é, afinal, o cenário ideal para se despedir de sua empresa. Isso porque o caminho do empreendedorismo não é único; pelo contrário, é mais como uma combinação de várias encruzilhadas, onde você tem um mapa não exato.
Nem toda empresa vai virar um unicórnio, ou ser comprada por uma tech maior. E é nessa diversidade que o mercado floresce melhor, celebrando diferentes formas de se criar empresas que mudam o futuro.
Que possamos celebrar também a diversidade das empresas.

- O primeiro unicórnio das femtechs surgiu! Se trata da Flo, um app para monitoramento do ciclo menstrual e ovulação. Já em série C, levantou US$2 milhões com o fundo novaiorquino General Atlantic. Parabéns, Flo!
Obrigada por ter me acompanhado até o fim de mais uma news! Nos encontramos por aqui toda quinta-feira, 17h! Dúvidas, opiniões, feedbacks? Basta me enviar um e-mail! :)
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Le, do Kria
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